O
pastor evangélico Daniel Melo contestou, ontem, a declaração dada pelo
antropólogo Ademir Ramos a respeito da falta de politização da juventude
brasileira. Em matéria publicada na terça-feira, a respeito dos 51 anos do
golpe militar no Brasil, o professor da Ufam, ao analisar as vozes que pedem a
volta da ditadura, disse que o estado foi omisso ao não promover a politização
dos jovens nas escolas. “Como o Estado foi omisso, a juventude virou refém das
igrejas e partidos políticos fundamentalistas, que reduziram esses jovens
cidadãos a uma ação tarefeira. São obreiros nas igrejas e tarefeiros nos
partidos”, disse o antropólogo.
Daniel Melo, que atua na Igreja de
Deus Pentecostal do Brasil Moriá, disse que não se pode radicalizar e nem
generalizar esse tipo de análise. “Existem evangélicos politizados sim, com
nível superior. Não levantamos cartazes a favor da ditadura. Não queremos a
corrupção. Temos a consciência de que o regime militar trouxe muitas coisas
ruins para o País. E não aceitamos a pecha que tentam no impingir de
fundamentalistas. Não somos tarefeiros”, afirmou o pastor e pedagogo.

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